Em plena crise hídrica devido à escassez de chuvas em várias cidades pernambucanas, a Compesa e a Polícia Civil, com o apoio do poder judiciário e da Polícia Militar deflagraram nesta terça-feira (21) uma operação integrada de combate ao furto de água na Mata Norte. A ação foi desenvolvida nos primeiros 5km da adutora de água bruta, responsável pelo abastecimento de água dos municípios de Feira Nova e Glória de Goitá. A iniciativa contou com uma grande aparato policial e o envolvimento de diversos setores da Compesa, sob a coordenação de Segurança Patrimonial da empresa. Embasados por 12 mandados de busca e apreensão, a operação identificou e retirou 14 ligações clandestinas e efetuou a prisão em flagrante de duas pessoas que foram levadas para a delegacia para prestar esclarecimentos.
Em menos de cinco horas após a finalização da operação, a Compesa começou a receber informações que o volume de água recuperada já estava começando a chegar na casa dos moradores das duas cidades. Assim que a operação foi finalizada, os técnicos da Compesa mediram a vazão transportada pela adutora e foi constatado o acréscimo de 16 litros de água por segundo, o que corresponde a cerca de 50% do volume produzido para as duas cidades e que ficavam no caminho devido aos desvios de água.
A ação policial foi desencadeada após a Compesa detectar uma queda drástica da vazão do sistema e também das constantes reclamações de falta de água nas duas cidades. As equipes da Companhia entraram em campo e iniciaram as inspeções no trecho mais crítico na adutora de água bruta, que estão dentro de propriedades privadas e muitas delas faziam uso de ligações irregulares. Essas conexões clandestinas estavam desviando grandes volumes de água para propriedades particulares de forma ilegal. Por isso, como a adutora passa em propriedades privadas, foi necessário entrar com uma ação na Justiça para que a operação policial fosse concretizada.
Além de prejuízo financeiro à Compesa, os moradores das duas cidades foram os mais prejudicados, pois estavam sendo privados do abastecimento regular de água em consequência das ações criminosas
Durante a operação, os policiais identificaram e apreenderam materiais utilizados nas ligações clandestinas, como tubulações e dispositivos de vedação. Os pontos identificados foram isolados e os reparos necessários foram realizados para restabelecer o fluxo pleno de água na adutora.
Como consequência da ação, a Polícia Civil deu início a uma investigação para identificar os responsáveis pelas ligações clandestinas, que poderão ser enquadrados nos crimes de furto e dano ao patrimônio público, conforme previsto na legislação penal. A Polícia Militar, por sua vez, atuou garantindo a segurança das equipes envolvidas e a ordem durante toda a operação.
A Compesa faz um apelo à população para que denuncie práticas ilícitas, como ligações clandestinas, contribuindo para a gestão responsável dos recursos hídricos e para a eficiência dos serviços de abastecimento. As denúncias podem ser feitas pelos canais de atendimento da companhia, a exemplo do 0800 081 0195. O anonimato é garantido.
