Com o auxílio da tecnologia de georadar, a Compesa identificou, com precisão, oito ligações clandestinas na adutora que abastece os sítios Papa Terra, Cachoeirinha dos Francisco e Aeroporto, localizados no distrito de São Pedro, em Garanhuns, no Agreste pernambucano. Essas localidades estavam sem água há mais de um mês. A operação foi coordenada pela Gerência de Inteligência Patrimonial da Companhia e contou com o apoio da Polícia Militar. No total, foram fiscalizados 60 imóveis da região. A ação resultou na recuperação de um volume de 1.589 m³ de água, que voltará a ser destinado corretamente para a população.
A tecnologia de georadar tem sido uma importante aliada da Compesa no combate a perdas e fraudes. O equipamento permite mapear estruturas subterrâneas, como tubulações, sem a necessidade de escavações, o que agiliza e torna mais eficaz a detecção de irregularidades. No caso de Garanhuns, a iniciativa foi motivada após a Companhia constatar, no mês de maio, uma diferença entre a vazão de água liberada e a efetivamente recebida nas casas. Foram disponibilizados cerca de 5 litros por segundo, mas apenas 0,59 l/s chegavam aos imóveis, conforme apontaram medições realizadas por equipamentos instalados em residências da área.
A investigação revelou que a água desviada estava sendo utilizada, principalmente, para irrigação de pastagens e armazenamento em barreiros. O volume recuperado seria suficiente para abastecer aproximadamente 675 residências e beneficiar cerca de duas mil pessoas por um mês. A Compesa reforça que o desvio de água é crime, previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal Brasileiro, que tratam, respectivamente, de furto e de interferência no funcionamento de serviços públicos essenciais, como o abastecimento de água.
