Conjunto de bombas fabricado sob encomenda foi importado da Dinamarca a partir de um investimento de R$ 1,5 milhão da Compesa
O Sistema de Abastecimento de Água de Fernando de Noronha vai passar a contar com novos equipamentos para a confiabilidade da distribuição de água na ilha. Nesta semana, o primeiro de dois conjuntos motobomba adquiridos para reserva do dessalinizador foi recebido na Unidade de Negócio da Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa –, localizada no Boldró. O segundo conjunto adquirido está em processo de transporte do continente para a ilha. Os equipamentos, fabricados sob encomenda, foram importados da Dinamarca a partir de um investimento de R$ 1,5 milhão realizado pela Compesa. Os novos equipamentos poderão ser acionados em caso de manutenção emergencial do conjunto principal instalado no sistema de dessalinização, evitando assim desabastecimento por ausência de bombas reserva e toda a logística que envolve a reposição das peças, como ocorreu em janeiro desse ano no arquipélago.
Os conjuntos motobomba utilizados no dessalinizador de Fernando de Noronha são fabricados sob medida, seguindo padrões técnicos específicos do fabricante dinamarquês para atender às demandas do sistema de osmose reversa em operação na ilha. Isso significa que pode não haver opção de substituição imediata com componentes padrão do mercado nacional. A necessidade de importação tornava, portanto, o prazo de reposição ainda mais longo e oneroso, reforçando a importância de uma reserva técnica para contingência na ilha. A aquisição dos novos equipamentos vai minimizar os riscos operacionais, reduzindo o tempo de resposta em caso de falha, e assegurar a resiliência do sistema de dessalinização, fundamental para a sustentabilidade do arquipélago.
Ainda de acordo com o titular da estatal, a logística de transporte para Fernando de Noronha é complexa e restrita, e a localização geográfica impõe desafios significativos para o envio de equipamentos, especialmente os de grande porte, como os conjuntos motobomba adquiridos. Da aquisição ao transporte à Ilha, podem passar semanas ou até meses até que materiais cheguem, considerando a necessidade de autorizações, disponibilidade de meios de transporte e as condições climáticas que podem impactar a navegação e a operação aérea. “Em um sistema tão essencial para a população e o turismo da ilha, qualquer interrupção na dessalinização pode gerar impactos severos, comprometendo o abastecimento de água, visto que ele representa 65% da produção de água doce na ilha. Por isso, dedicamos grande esforço no atendimento a essa demanda”, pontuou Campos.