Até o final de 2016, parte dos morros da Zona Norte do Recife terá mais água nas torneiras. Isso será possível graças à nova adutora que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está construindo nessa região. Vasco da Gama, Alto 13 de Maio, Alto Nossa Senhora de Fátima, Córrego da Imbaúba, parte de Nova Descoberta, Córrego do Ouro, Córrego do Euclides, Alto das Pedrinhas, Alto do Eucalipto e Alto da Esperança poderão ter o rodízio de abastecimento reduzido quando essa obra for concluída. Ao todo, cerca de 100 mil pessoas serão beneficiadas. O investimento é de R$ 7 milhões.
A nova adutora com 500mm de diâmetro em ferro fundido terá três quilômetros de extensão e sairá da Rua da Bela Vista, em Casa Amarela, para o reservatório Mundo Novo, no Vasco da Gama. A água será captada em um dos tramos dos grandes anéis de distribuição do Recife que, além de transportarem a água, servem para integrar os sistemas Pirapama, Alto do Céu e Tapacurá. Essa água que atenderá os morros, por exemplo, sairá de Tapacurá e Pirapama e atravessará mais de 10 km até seu destino, o que é possível por conta dessa integração entre os sistemas. Atualmente, as tubulações estão sendo assentadas na Rua Marino de Melo Berenguer, em Casa Amarela.
Quando estiver pronta, a adutora deverá ampliar a oferta de água em 40%, diminuindo o rodízio, que hoje é de um dia com água para três sem água, passando para dois e até um dia sem água. O fornecimento de água só não poderá ocorrer todos os dias porque essa localidade ainda precisa de obras complementares na rede de distribuição para fazer com que a água seja fornecida de modo mais equitativo e eficaz, conforme explicou o gerente de Controle Operacional da Compesa, Daniel Genuíno.
“Essa obra aumenta a oferta, mas não elimina o racionamento porque outras obras estruturantes são necessárias na rede de distribuição dos morros”, esclareceu.
O que garantiria o fornecimento de água contínuo a essa área seria a criação de zonas de pressão na rede que leva o líquido até as partes mais altas dos morros. Essa malha seria repartida em diversos patamares independentes de modo a garantir maior controle sobre a distribuição, com o ajuste das pressões nas tubulações de água. A essa intervenção dá-se o nome técnico de setorização da rede de água.
A boa notícia é que a Compesa já possui projetos de setorização para os morros da Zona Norte da capital, que totaliza uma área de 1.370 hectares, fechando um polígono formado pela Estrada Velha de Água Fria até o Rio Beberibe; BR 101 Norte e Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, envolvendo, assim, os morros e córregos dos sistemas Alto do Céu e Jenipapo.
“Agora, estamos na fase de captação dos recursos para tocar essas obras”, adiantou o gerente.